Na falta do petista, o tempo destinado para perguntas e respostas foi dividido entre os demais candidatos, que não lhe pouparam críticas.
Eleições 2014
Fonte: Estado de Minas
Críticas inclusive para candidato ausente
Debate na TV Alterosa foi marcado por troca de farpas e por ataques a Fernando Pimentel
Na reta final da disputa pelo Palácio Tiradentes, o debate promovido pelos Diários Associados e transmitido pela TV Alterosa na noite de ontem foi marcado pela ausência do ex-ministro Fernando Pimentel (PT) – por motivo de saúde – e a troca de acusações e ataques entre os adversários Pimenta da Veiga (PSDB), Tarcísio Delgado (PSB) e Fidélis Alcântara (PSOL). Na falta do petista, o tempo destinado a ele para perguntas e respostas foi dividido entre os demais candidatos, que não lhe pouparam críticas.
A primeira artilharia veio de Pimenta da Veiga, que já no minuto destinado à sua apresentação lamentou a decisão do adversário de não participar do debate. “Ele foge porque não quer responder aqui notícias sobre seus procedimentos administrativos e pessoais. Tenho acusações a fazer frente a frente. Ele está fugindo, mas uma hora terá que aparecer”, afirmou o tucano. As acusações vieram no bloco destinado a perguntas entre os candidatos. Autorizado pelos organizadores, Pimenta dirigiu seu questionamento ao petista: “Ele está ultrapassando todos os limites da desconsideração com o eleitor. Será candidato mesmo tendo cinco processos judiciais por improbidade administrativa e corrupção?” Ainda foi dado a Pimenta um minuto para comentar a suposta resposta. “O PT está sonegando os fatos. Isso não faz jus às tradições mineiras”,completou.
O candidato do PSB, Tarcísio Delgado, também fez críticas a Pimentel ao dirigir sua pergunta a Fidélis Alcântara. Disse que o petista e a presidente Dilma não fizeram nada para evitar a exploração depredatória do minério em Minas Gerais. O candidato do Psol defendeu que as cidades envolvidas têm que ter controle sobre a exploração e acusou o PT e o PSDB de receber dinheiro das mineradoras para custear a campanha eleitoral de seus candidatos a governador e deputados. “Quem paga a banda escolhe a música, e quem paga a banda são as mineradoras”, reclamou.
Nas considerações finais, nova rodada de críticas ao PT. Pimenta voltou as baterias para o governo federal, citando supostos desvios de verbas na Petrobras. “Minas terá que se decidir se quer o modelo PT de governar. Com inflação alta, baixo crescimento e desemprego, que já está batendo na porta. Fora os escândalos, como o da Petrobras. Você precisa decidir, ou votará no candidato PT, que abandonou a verdade, para entregar a Cemig e a Copasa a quem destruiu a Petrobras, ou votará no nosso jeito de governar, que está sendo copiado por vários estados brasileiros”, afirmou Pimenta.
Pobreza Em dois blocos os candidatos responderam perguntas de representantes da sociedade civil e de jornalistas dos Diários Associados sobre segurança pública, saúde, educação, reforma tributária e ações sociais. O Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira, questionou as propostas para a população mais pobre. Sorteado para responder, Pimenta da Veiga (PSDB) prometeu superar a pobreza por meio da qualificação na educação. “O que deve ser feito é qualificar a pessoa, para que ela própria possa se desenvolver. Não adianta o assistencialismo barato que alguns fazem”, disse o tucano. Fidélis Alcântara apontou os investimentos do estado na saúde e na educação como forma de garantir os serviços básicos da população.
O presidente da seção mineira da Ordem dos Advogados do Brasil, Luís Cláudio Chaves, perguntou sobre as propostas para a segurança. Tarcísio Delgado criticou a atual gestão de Minas e citou o aumento nos índices de violência. “Nunca houve tanto crime como agora. Esse aumento fez até cair o índice de produtividade”, criticou Delgado. O candidato do PSDB rebateu, citando programas implementados pela atual gestão, como o Fica Vivo e o Olho Vivo.
O presidente da Associação Comercial, Roberto Luciano Fagundes, questionou sobre a possibilidade da redução dos tributos e da burocracia em Minas, enquanto o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) quis saber qual será o peso da Secretaria da Fazenda no governo. Fidélis prometeu mudar as regras tributárias, enquanto Tarcísio Delgado defendeu segurança jurídica e tranquilidade para os empresários. Já Pimenta prometeu simplificar a vida do empresariado.
Após o debate, o candidato do PSDB atacou seu adversário petista. “Não pode vir ao debate, mas pode subir no palanque”, criticou Pimenta. Já Tarcísio Delgado preferiu não criticar o adversário ausente. “Não faço mau juízo de ninguém. Mandou dizer que está doente, eu quero acreditar que esteja. Se não estiver é uma coisa muito grave”, disse o socialista. Fidélis Alcântara lamentou a ausência de Pimentel, mas avaliou como positiva a possibilidade de apresentar suas propostas.
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