Aécio: “Nunca acreditei na consistência do projeto da Marina. Não por falta de qualidades dela, mas pelo improviso.”
Eleições 2014
Fonte: O Globo
Aécio vai priorizar Sul e SP na reta final
Candidato diz que ‘improviso do projeto Marina’ o fará crescer
Ainda apostando que o tempo o recolocará na disputa, na condição em que foi tirado pelo “imponderável”, o candidato tucano Aécio Neves inicia uma semana decisiva em Minas Gerais e fará uma overdose de eventos em estados do Sul e em São Paulo, onde, na sexta e no sábado, fará um intensivão de 48 horas na capital e interior. Ele sabe que corre contra o tempo, mas ao avaliar apoios que se foram e estão voltando, acredita que o eleitor nos próximos 13 dias vai descobrir o improviso da candidatura de Marina Silva (PSB) e voltará a depositar o voto útil capaz de derrotar o PT em sua candidatura:
— É pouco tempo. Mas o tempo já fez a curva (nas pesquisas). Nunca acreditei na consistência do projeto da Marina. Não por falta de qualidades dela, mas pelo improviso. Esse não foi um programa construído para ela.
Aécio cita como mais um exemplo de conflito a disposição do PSB de fazer um novo programa para mudar tópicos relativos ao agronegócio para reduzir resistência no setor:
— Qual é a Marina verdadeira? A que hoje abre os braços para o agronegócio ou a que queria inviabilizá-lo com a produção dos transgênicos?
Ele admite que está tendo que se adaptar à realidade de uma outra eleição desde o “imponderável” que colocou Marina na disputa. Diz estar convencido de que fez tudo certo até aqui: a construção de um projeto alternativo ao PT coerente com a história do PSDB.
— Foi um imponderável, mas a meu ver não decidiu a eleição. Criou uma eleição nova. É paradoxal. O fato de a Marina ficar um ano fora da campanha sem ter que entrar em um contencioso mais grave, fez com que num primeiro momento ela crescesse vertiginosamente. Mas, por essa mesma razão, vai decrescer numa velocidade maior porque suascontradições e todas as áreas estão ficando visíveis.
Ao relembrar o trágico 13 de agosto, quando sua campanha estava em curva consistente de subida para um segundo turno com Dilma Rousseff, Aécio diz que levou alguns dias para cair a ficha e acender a luz amarela sobre o estrago eleitoral que a morte do amigo Eduardo Campos faria em sua candidatura.
— Demorei muito para fazer uma avaliação eleitoral. Fiquei muito chocado com o acidente, que não me saía da cabeça: será que o Eduardo deixou a vida desses moleques arrumada? Imediatamente você transfere para você. Pensei na minha família também, no sentimento de que poderia ser eu, era um avião igual a esse aqui — contou Aécio, no voo entre Ipatinga e Rio, no sábado.
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