Dois novos protocolos de intenções, da cadeia produtiva de plásticos, foram assinados, nesta quarta-feira (13), entre o Governo Aécio Neves, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), e as empresas Soft Film Indústria e Comércio de Plásticos Ltda. e Dalka do Brasil. Os investimentos somam R$ 30 milhões e vão gerar cerca de 400 empregos diretos e indiretos. Ambos serão instalados no município de Extrema, no Sul do Estado.
Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Sergio Barroso, ainda neste primeiro semestre, em conjunto com o Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi), a Sede está trabalhando na atração de novos investimentos para ampliar o setor. “Nosso objetivo é incrementar o nível de emprego, bem como reduzir as desigualdades regionais e sociais”, enfatizou.
O presidente do Indi, Adriano Magalhães, lembrou que o desafio de reestruturação do órgão, em 2010, é torná-lo mais ágil e eficiente na relação com a iniciativa privada para que possa cumprir a meta estabelecida pelo secretário Sergio Barroso de atrair R$ 40 bilhões em investimentos para todas as regiões mineiras, nos mais diversos setores.
Soft Film
A Soft Film Indústria e Comércio de Plásticos Ltda. pertence ao grupo paulista Zaraplast, de São Paulo. Foi constituída em março de 2009 para implantar uma unidade industrial e um centro de distribuição de filme de polietileno gofrado para emprego em produção de fraldas descartáveis e de filmes estiráveis usado em embalagens.
A produção, a ser iniciada ainda em 2010, de filmes gofrados será de 1,3 mil toneladas e deverá atingir seis mil toneladas de 2012 em diante. Já a fabricação de filmes estiráveis começará com 130 toneladas e de 2012 em diante chegará a 600 toneladas. O projeto será concluído até março de 2011, com a geração de 270 empregos diretos e indiretos.
O faturamento deverá atingir R$ 6,5 milhões no primeiro ano e em 2012, a meta é alcançar R$ 30 milhões, com ampliação da oferta de novos produtos, visando à exportação e ao mercado interno.
Reservatórios de água
O segundo protocolo assinado nesta quarta-feira (13) é com a Dalka do Brasil, empresa do Grupo Rotoplas, multinacional mexicana, no mercado há mais de 30 anos e líder mundial na produção de reservatórios rotomoldados para armazenamento de água. O Grupo iniciou suas atividades no Brasil em 2001, em Valinhos (SP).
O município de Extrema será sede de uma unidade industrial e de um centro de distribuição, destinados à produção e comercialização de reservatórios de água, tubos e acessórios de material plástico para uso na construção civil, agronegócio e indústrias. Devem ser gerados 115 postos de trabalho diretos e outros 345 indiretos, sendo contratada prioritariamente mão de obra local, que deverá receber qualificação de acordo com as atividades.
O projeto, iniciado em dezembro de 2009, tem término previsto para dezembro de 2012, com início da produção em setembro de 2010. A fábrica terá capacidade produtiva de 8 mil toneladas de rotomoldados por ano, o equivalente a cerca de 700 toneladas ao mês.
Segundo José Antônio Palaro, gerente de controladoria da Dalka do Brasil, a produção será destinada ao mercado interno. “Com a localização da nova unidade, ganharemos vantagem em logística, tendo em vista que, usualmente, a distribuição é feita para os mercados em um raio de 600 quilômetros”, explica.
A tecnologia da rotomoldagem permite a fabricação de peças em plástico, que substituem com grande vantagem produtos antes produzidos em chapas de aço, fibra de vidro, amianto, alumínio e outros materiais. O processo consiste na transformação de uma resina micronizada em um plástico reforçado, com o uso de moldes de aço, através de quatro etapas: carregamento, aquecimento, resfriamento e desmoldagem.
Requisitos
Os protocolos especificam que a apresentação das licenças ambientais é requisito indispensável à liberação dos recursos de financiamentos e à concessão de outros benefícios. No caso da Soft Film, ela se compromete a proceder ao desembaraço alfandegário dos materiais nos portos secos situados em Minas Gerais.
Já o Estado, através do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), concederá financiamento para capital de giro e para investimentos fixos, enquanto ao Indi caberá prestar apoio e assistência durante a implantação e operação dos projetos, em especial, no que se refere ao acompanhamento dos financiamentos e licenciamentos necessários.
As duas empresas se comprometem a promover o treinamento e capacitar a mão de obra, prioritariamente local, a ser aproveitada nos processos fabris e de desenvolvimento de tecnologias.
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