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Linha Verde Literária é criada por Aécio Neves para homenagear grandes expressões da cultura mineira

O Governo Aécio Neves prestou homenagem à literatura mineira,  quinta-feira (26), ao criar a Linha Verde Literária. O projeto deu nome de grandes escritores e poetas mineiros do século XX a 12 viadutos e uma trincheira da via expressa que liga o Aeroporto Internacional Tancredo Neves ao centro de Belo Horizonte.

A solenidade de lançamento do projeto aconteceu no térreo da futura sede do Governo de Minas, na Cidade Administrativa, complexo que está sendo construído às margens da Linha Verde.

“Ao darmos o nome de algumas das principais referências culturais de Minas Gerais na literatura aos viadutos, estamos nos aproximando um pouco, aqueles que nos visitam, da história de Minas Gerais. Muitos dos visitantes que chegarão pela Linha Verde vão se deparar com Carlos Drumond de Andrade, com Otto Lara Resende, com Guimarães Rosa, e vão encontrar uma identidade ainda maior com o que Minas tem de melhor, que é a sua história, que são os seus valores”, afirmou Aécio Neves, em entrevista.

A pesquisa literária para seleção das frases e autores homenageados foi coordenada pelo também escritor mineiro, Bartolomeu Campos Queirós, membro da Academia Mineira de Letras. Os viadutos receberam placa informativa contendo o nome do homenageado e uma frase por ele escrita e imortalizada em sua obra.

Ponte para o futuro

Durante a solenidade, o governador e o secretário de Estado de Cultura, Paulo Brant, entregaram a cada familiar uma réplica em miniatura do totem instalado nos viadutos com fragmentos das obras dos escritores homenageados. Para Aécio Neves, a obra dos escritores homenageados faz uma ponte da história de Minas Gerais com o futuro do Estado, representada pela Cidade Administrativa, local do evento.

“É uma cerimônia singela, uma forma de demonstrarmos que além dessa extraordinária obra, que vai ser extraordinária para o desenvolvimento da nossa capital e do futuro de Minas Gerais, nós jamais vamos perder as nossas referências culturais. E acho que é uma forma de relembrarmos a nossa história para valorizarmos ainda mais o nosso futuro”, disse.

Linha Verde

A Linha Verde foi concluída em dezembro do ano passado, com R$ 400 milhões em investimentos do Governo de Minas. Com 34,5 km é o mais extenso e importante corredor de tráfego da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Diariamente transitam por essa via 3,5 milhões de pessoas. A Linha Verde atende cerca de 100 bairros da capital e 15 municípios da área de influência da via.

Além de desafogar o tráfego da capital mineira, a obra da Linha Verde contribuiu para revitalizar a região Central da cidade com a criação do Boulevard Arrudas e a antiga Praça Rui Barbosa.

Autores homenageados na Linha Verde Literária

Abgar Renault (Viaduto 1 – Rua Jacuí)
“Viajar, mais que tudo, é retornar.”
Extraído do livro Obra poética

Pedro Nava (Viaduto 2 – Rua Jacuí)
“Eu conheci esse pedaço do belo, belo Belorizonte, nele padeci, esperei, amei.”
Extraído do livro Beira Mar

Murilo Rubião (Viaduto 3 – Avenida José Cândido da Silveira)
“Erguer o rosto para o céu e deixar que pelos meus lábios saísse o arco-íris.”
Extraído do livro O pirotécnico Zacarias e outros contos

Oswaldo França Júnior (Viaduto 4 – Avenida José Cândido da Silveira)
“Depois de percorrer todo o mundo percebi que era em minha terra que residia a verdade.”
Extraído do livro As laranjas iguais

Roberto Drummond (Trincheira – Avenida José Cândido da Silveira)
“De onde vem essa tua permanente, clandestina, diária, camuflada subversiva inconfidência?” – Extraído de “Por que sonhar, Minas?” – Melhores Crônicas

Henriqueta Lisboa (Viaduto 5 – Avenida Bernardo Vasconcelos)
“Todos os caminhos circulam em demanda da Liberdade.”
Extraído do livro Belo Horizonte bem querer

Aníbal Machado (Viaduto 6 – Avenida Bernardo Vasconcelos)
“Partir para a dimensão universal, mas levando no bico ou nas patas o grão de terra com que alimentar o vôo.”
Extraído do livro Cadernos de João

Carlos Drummond de Andrade (Viaduto 7 – após Avenida Bernardo Vasconcelos)
“Só os mineiros sabem, e não dizem nem a si mesmos, o irrevelável segredo chamado Minas.”
Extraído da obra As impurezas do branco

Hélio Pellegrino (Viaduto 8 – Complexo Anel Rodoviário)
“Fala, para mereceres o silêncio, que vem depois, como a noite vem depois do dia.”
Extraído do livro Lucidez embriagada

Otto Lara Resende (Viaduto 9 – Complexo Anel Rodoviário)
“Todo mundo que cruzou comigo, sem precisar parar, está incorporado ao meu destino.”
Extraído da biografia de Otto Lara Resende – A poeira da glória, escrita por Benício Medeiros

Fernando Sabino (Viaduto 10 – Complexo Anel Rodoviário)
“Se acreditares em estrela, vai buscá-la.”
Extraído do livro As melhores crônicas

Paulo Mendes Campos (Viaduto 11 – Complexo Anel Rodoviário)
“Talvez fosse eu quem mais saudades levaria, poentes roxos de Minas.”
Extraído do livro Os melhores poemas de Paulo Mendes Campos”

João Guimarães Rosa (Viaduto 12 – MG10 – Acesso à Cidade Administrativa)
“Minas principia de dentro para fora, do céu para o chão.”
Extraído do livro Sagarana